domingo, 26 de setembro de 2010

Poema...

Coisas Miúdas



São tantas coisas que ficam pelos caminhos,
Sem sombras,
Sem amor,
Sem dor,
Sem vida
O que importa agora,
Amanhã já não exerce nenhum atrativo,
Ignoradas vão engrossar
Arquivos de experiências doídas,
Falidas,
Fodidas,
Caídas,
Mudas e sem cores,
Puros desamores
As vezes das muitas,
Validadas pelo que se faz de tudo,
Mais uma decepção,
Mais uma sensação a toa
Impotente pela falta de força,
De não se obrigar,
Não se decidir entre o doce da maçã e o amargo despertar
Mesmo que os olhos não se tenham fechado,
A mente apagado,
O mundo continuado a girar
Se alternando
Entre sombras,
Luz,
Frio e calor
E o que se jogou fora,
Volta a assombrar,
Cobrar seu desfecho,
Sua conclusão
Boa ou não
E se segue errando,
Acertando,
Aprendendo a aprender a inevitável lição de viver
Como se tudo
Nada
Fossem coisas importantes agora
E daqui há pouco
Mais uma
Coisinha miúda
A ser esquecida
Nas dobras e curvas
Desta estrada infindável de
Coisas
Coisas
Coisas...

Ass:Ronald Ramos


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