É mesmo lamentável a quantidade de vezes que nos enganamos.
Pode-se conviver um tempo com uma pessoa, achar que já sabe mais ou  menos o que se pode esperar dela e a pessoa vem e nos surpreende!
Às vezes nos surpreendemos de uma forma tão absurdamente  incompreensível, que a chateação passa a ser pessoal, e vem logo a  frase: ”Como eu não vi que ele poderia fazer isso comigo? Como me fiz  cega? Por quê? Qual o momento da relação que eu passei a confiar tanto  no outro, que me desrespeitei terrivelmente?”
A briga agora é interna, a pessoa que criou o caos, já não tem a  menor importância, a máscara caiu! Já se mostrou! Às vezes interesseira,  desonesta, perversa, irônica, egoísta, articuladora, traidora, ingrata…  e até mesmo imatura!
Enfim a pessoa surpreende por tantas atribuições que fica difícil  tentar entender! É melhor se ocupar com as questões internas, das  permissões, da falta de auto-estima, da falta de amor próprio!
Não vou ficar aqui apontando as mazelas que alimentam (infelizmente) as nossas realidades.
Existe como tudo na vida o outro lado.
O lado bom e gostoso daquelas pessoas que nos surpreendem com um chocolate, naquele momento que se precisa adoçar o dia!
Aquele amigo do peito que te dá uma viagem, um instrumento, um toque  bom numa conversa corriqueira. Um e-mail de reconhecimento e carinho de  alguém da família, até mesmo um elogio que te põe pra cima, de uma  pessoa que te vê pela primeira vez.
Aquele amor que vive contigo e ao chegar em casa, com a elegância de  um primeiro encontro, convida para um cineminha. Ou num momento  romântico oferece uma música pra marcar aquele momento especial. E até  mesmo aquele que se dispõe a não beber pra dirigir o carro.
Temos essas duas formas de marcar a vida das pessoas  (afeto/desafeto). Podemos entrar na vida de alguém e ao sair (que é  conseqüência natural da vida) fica aquela lembrança boa e cheia de  saudade. Como também se pode deixar o veneno da tristeza e da covardia.           
Sandra Bernado 
 

 
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