terça-feira, 21 de setembro de 2010




Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Tu gosta de rock e ele de funk, tu gosta de praia e ele tem alergia a sol, tu abomina Natal e ele detesta o Ano Novo. nem no ódio vocês combinam. Então?
Então, que ele tem um jeito de sorrir que a deixa imobilizado, o beijo dele é mais viciante do que LSD, tu adora brigar com ele e ele adora implicar contigo.
Quando a mão dele toca na tua nuca, tu derretes feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por tu você ama este cara?
Não pergunte pra mim; tu és inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
Tu tens bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desses, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + tu inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é !




Nenhum comentário:

Postar um comentário