quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A Flor do Amor



Flor

Era uma flor
Plantada no peito
Dimensiona o amor
O humor, a disposição
Detecta a dor
Em cada momento reage
Murcha, cria viço
Até muda de cor
Rebeldia sem causa externa
O mundo se recusa a assumir culpas
Sofrer castigos
Liberdades restritas
Culpas sim, pecados, castigos
Tudo isto é seu
Nasceu do seu modo imperfeito
Apolítico de fazer
Realizado por suas lindas e fortes mãos
Que odeiam apanhar
Amam bater
Detestam reconhecer
Se esquivam da trabalhosa
Diplomacia de se fazer bem querer
Então agora reclama
Não querem, a vida não me quer
Feliz
Então o que me resta, senão
Contagiar ao meu redor
Distribuir as pétalas negras
Perfume ácido, desagradável
Do meu mau querer
A ferir desavisados, talvez até
Inocentes
Com o meu, só meu
Desamor.







Por Ronald Ramos
Rio de Janeiro, RJ; em 21 de fevereiro de 2011

Um comentário:

  1. Adorei vc conhece a filosofia de Mokiti Okada? Abraço Ana Cristina

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