domingo, 13 de março de 2011

Carnaval



Carnaval


 Me enrrosquei aqui
Me espremi com você
Foi intenso, Tenso
Afinal, é carnaval
Desabrocham ardentes
Desejos latentes
Que bom, olhos famintos
Acompanham a cena
Se embriagam
Saciam seus desejos de ver
O que seu dono talvez
Não saiba, não pode
Não queira ou, simplesmente
Não se permita ter
Então, vamos de novo
Escandalizar o povo
Afinal, é carnaval
Adrenalina pura
Deliciosas sensações de se sentir
Flagrado em ação
Dá um tesão a mais
Eleva a temperatura dos corpos
Enlouquecemos aos beijos
Aos sussurros
Aos amassos
Afinal, é carnaval
O ar queima, inflamado de paixão
A platéia delira, quase se toca
É, isso é o ápice
Adrenalina pura
Até que não nos aguentamos mais
Explode vulcão
Deixa correr lava ardente
Trincar os dentes
Esvair
Elevar ao sétimo dos céus
Vislumbrando o mais tenebroso
Dos infernos
Numa descarga poderosa
Afinal, é carnaval
E a festa continua
Até quando o corpo
Saciado
Relaxar ou
Retesar de novo
A vista do povo e
De novo
De novo
Até caírem as cinzas
Desfilarem as campeãs
E fim, acabou
Virou a página
Que venha
Venha de novo,
O carnaval e o povo
Aconteceram coisas
Será que aconteceriam de novo?
Afinal, o que seria da fantasia
Se não fosse carnaval?




Por Ronald Ramos

em 09/03/2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário