quinta-feira, 3 de março de 2011

Borboletas




BORBOLETAS

Esvoaçantes, azuis, amarelas
Lilazes, multicores
Fazem a vida, pulsante
Pulsar ao meu redor
Faltam pular, colar nos
Meus olhos cegos
Difícil, teriam que ir além
Curar minha cegueira
A que me faz ignorar que
Eu
Posso me perder desse amor
Louco, doentio
Que me faz tanto mal e
Bem, me acalenta na necessidade de
Chamar, ser e pertencer a alguém
Mal vejo o sol que traz
As coloridas mensagens
De pura vida
Vida que me chama
Convida e de novo eu
Nego, bato na mesma tecla
Sem entender o escrito
Não me excito com nenhuma delas
E são tantas
A me tentar,
Aguçar meus ouvidos
Acalentar meus sorrisos
Abraçar meus sonhos
Tentar me fazer novo
Novidade que não quero
Por não ver
Deveria odiar
Assim, teria forças para te vencer
Finalmente, abrir os olhos
Estender as mãos
e
Deixar que elas pousem
Brinquem em meus dedos
Toquem meus cabelos
Resgatem a vida e a faça
Pulular
Encher meus cantos e recantos
Me acordar
Vida!, vida!, vida!
Mesmo bandida,
Aqui estou
EU.





Por Ronald Ramos

em 04/03/2011

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