terça-feira, 20 de setembro de 2011

QUIETUDE




Inquieto,
Corpo e cabeça quente
Ansiedade
Espera pelo toque que arrepia
Desde a nuca até a planta dos pés
Um sussurro de boca carnuda
Uma carícia profunda
Safada, sem medidas
Daquelas que roubam o senso
Desnorteiam o juízo
Faz perder o rumo, o prumo
Um abraço carregado de eletricidade
Nada estática
Viva e pulsante
Um calor que invade, quebra tabus
Desbarata, destrói
Convenções
De anjo a demônio
Pecador a santo
Ou Santo pecador a se
Derreter
Como pirulito em boca voraz
Sedenta de suco
Sumo doce de mel
Inquieto busca contínua
Sem saber o que
Instinto empurra
Desejo embala
Querer
Onde se encontra tesouro
Onde está
Será que longe
Próximo talvez
Vestido
Fotografado
Exposto
Buscando, achando
Descartando
Mais uma vez
Sem norte, Sem sorte
Consorte
Onde se esconde
Meu norte
Que tem o seu nome
Para resgatar do buraco
Estender a mão
Enredar num laço
Lascivo
Estreitar num abraço
E se deixar chamar amor
Cadê?
Onde está
Você?


Por Ronald Ramos
Rio de Janeiro, em 09 de setembro de 2011.

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