AMIGO, IRMÃO
Como não se nasce assim, ou assado
Sem escolhas plausíveis, apenas o que a vida escolhe
Para cada um, como sentença
Promessas de felicidade, amor ou dor
Quem é a vítima, quem, o culpado
Apenas se é, como se é
Sem medos, culpas, crimes ou castigos
Se sentir diferente, por uma coisa latente
Chamativa, indolente, amorosa e quente
Irmãos, mãos que se entrelaçam
Corpos que se abraçam
Energias puras, limpas, fluídas
Refluxo
Fluxo de coisas maravilha
Amigo de todas as horas
De segredos contidos, escondidos
Postos aos pés de seus ouvidos
Sabes mais de mim que eu mesmo
E de ti, sei de tudo mais que deveria
Mesmo assim, águas límpidas
Sem mácula
Repousam sobre fundo de lama
O que ocultamos entre nós
Nunca teria vindo à tona
Ao lume das mesmas águas
Não fossem revolvidas tão fortemente
Pelo tempo, senhor de muitas
Das tantas coisas
E da idade, saudades do que passou
Compreensão
Entendimento, acontecimentos
Será que o povo ao redor
Deteve conhecimento
O que rolou?
Nada de nada, só
Amor
Dos que não se sabe
Que se doa
Com paixão, entrega e pudor
sem ao menos saber se é
Ou não
Coisa suja, de amor ou
De Irmão para e
Por
Irmão.
Por: Ronald Ramos
Rio de Janeiro, RJ; em 16 de agosto de 2011
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