quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Fraternidade 2




AMIGO, IRMÃO




Como não se nasce assim, ou assado


Sem escolhas plausíveis, apenas o que a vida escolhe


Para cada um, como sentença


Promessas de felicidade, amor ou dor


Quem é a vítima, quem, o culpado


Apenas se é, como se é


Sem medos, culpas, crimes ou castigos


Se sentir diferente, por uma coisa latente


Chamativa, indolente, amorosa e quente


Irmãos, mãos que se entrelaçam


Corpos que se abraçam


Energias puras, limpas, fluídas


Refluxo


Fluxo de coisas maravilha


Amigo de todas as horas


De segredos contidos, escondidos


Postos aos pés de seus ouvidos


Sabes mais de mim que eu mesmo


E de ti, sei de tudo mais que deveria


Mesmo assim, águas límpidas


Sem mácula


Repousam sobre fundo de lama


O que ocultamos entre nós


Nunca teria vindo à tona


Ao lume das mesmas águas


Não fossem revolvidas tão fortemente


Pelo tempo, senhor de muitas


Das tantas coisas


E da idade, saudades do que passou


Compreensão


Entendimento, acontecimentos


Será que o povo ao redor


Deteve conhecimento


O que rolou?


Nada de nada, só


Amor


Dos que não se sabe


Que se doa


Com paixão, entrega e pudor


sem ao menos saber se é


Ou não


Coisa suja, de amor ou


De Irmão para e


Por


Irmão.






Por: Ronald Ramos




Rio de Janeiro, RJ; em 16 de agosto de 2011

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